Naquele jardim, no meio de tantas flores, viviam um Dragão e um Príncipe. Ali acordando os dois viviam. Às vezes durante longos períodos as flores ressentidas, sofriam com os embates e os estragos que os dois provocavam. Mas feio ficava mesmo quando a primavera estava prá chegar. Aí o chão esquentava e o ar tremeluzia. Era uma peleja que parecia não ter fim.
Até que inspirado o Príncipe mudou de estratégia e todas as vezes que o Dragão rugia, o Príncipe deixou de levantar sua espada. Sereno ia ver o Sol nascer. Caminhar pelas campinas. Galgar as montanhas e quando chegava a noite prá Lua e as Estrelas tocava serenas melodias.
E foi desta maneira que o Dragão cansado de expelir fogo e o Príncipe já com a cabeça no lugar, naquele começo de mais uma primavera, perceberam estupefatos que respiravam do mesmo ar e bebiam da mesma fonte. Caíram na real. Nivelaram suas diferenças. Descobriram que eram extremos de uma mesma unidade. Fizeram as pazes...
E as flores em perfumes e cores espandiram ainda mais.
*Texto e Desenho de Lousa: professor João Conrado, Escola Livre Porto Cuiabá (MT)
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