sexta-feira, 25 de julho de 2014

Crítica social é o tema principal da peça ‘A Invasão’, de Dias Gomes



Sefie da turma do 3º ano do Ensino Médio
e professor Luciano Oliveira

Nada melhor do que o despertar da consciência nos meses que antecedem as eleições. Críticos, porém esperançosos, assim se sentem os alunos do 3º ano da ELPC, que estarão no palco do teatro da CDL, na Rua Cândido Mariano, em Cuiabá, entre os dias 7 e 10 de agosto

Embora tenha sido escrito em 1960, o texto de Dias Gomes nunca foi tão atual. Há cerca de dois meses das eleições para os altos cargos da política brasileira, é oportuno observar que a única maneira de transformar a realidade a volta é se apodeirar do papel de protagonista, que é justamente ‘ser cidadão’. E um cidadão não troca seu voto por nada, seja dinheiro, produtos, oportunidades de trabalho, negócios ou qualquer interesse que não seja o melhor para a sociedade. Mais que isso, o cidadão acompanha a vida política e econômica, participa, cobra, faz valer os próprios direitos. Para o diretor e coreógrafo da peça, Luciano Oliveira, o objetivo da escola é que os alunos trabalhem as próprias emoções, por se confrontarem com o desafio de ‘encenar uma peça para o público externo’ e façam uma associação entre tudo que aprenderam e viveram ao longo do Ensino Médio com a vida. “Algo é muito peculiar nesta peça, todos os personagem são protagonistas, pois representam integrantes da nossa sociedade, é um convite à reflexão, um choque de realidade, mas, ao mesmo tempo uma redenção, um bálsamo de esperança”.


Político corrupto, profeta, malandro, militante, mãe que se sacrifica pela família, pai alcoólatra, ‘moça da vida’, cantor em busca dos seus sonhos e que luta para sobreviver da arte, a realidade de famílias de retirantes que fugiram da seca do Nordeste e que sonham em voltar para casa, o problema das favelas e seus favelados, a mortalidade infantil, a corrupção, tudo isso misturado a um espírito de luta incrível. Esses são alguns dos personagens e sua carga emocional. Para o estudante Henrique Coltri, fica bem claro que o momento atual em que não só Brasil vive, mas o mundo, é um apelo pelo equilíbrio entre as necessidades individuais e as coletivas, o que é mais importante, o que é melhor apenas para mim e minha família ou o que é melhor para a sociedade? Felizmente na peça o político corrupto perde as eleições, e o desejo da turma composta de 12 alunos, entre 17 e 18 anos, é justamente que neste momento ‘a vida imite a arte’. Sobra esperança nos olhos e corações desses jovens que anseiam por um Brasil e um mundo melhor.

A obra


Dias Gomes se baseou num fato real: no final dos anos 50, um edifício em construção próximo ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, foi invadido e ficou conhecido como Favela do Esqueleto. Hoje a favela não existe mais, no edifício funcionam alguns cursos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Na obra, o autor aborda o problema dos sem-teto nos centros urbanos. Enfoca o proletariado urbano como massa onde no possível a emergência do protagonismo. O enredo mostra um grupo de favelados, desalojados por uma enchente que ocupam esse edifício em construção e passam a viver oprimidos entre as promessas de políticos demagogos e a exploração de negociantes inescrupulosos.

Na abordagem dos estudantes, para atender ao público da Escola, que vai de Jardim ao Ensino Fundamental e Médio, houve adaptações que tornam a peça mais leve e com uma pitada de humor.


Quer assistir?

As vagas são limitas, ligue e reserve seu ingresso na Escola Livre Porto Cuiabá: (65) 3028-6625/ 3028-6421. A peça será entre os dias 7 e 10 de agosto, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). O ingresso tem preço promocional de R$ 10.

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