terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Como ser bons pais?


Quem nunca ouviu alguém dizer que 'filho não vem com manual de instrução'? Hoje em dia, na Era da Informação e da tecnologia, tempo em que se tem manual para tudo, falta-nos sabedoria. Isso mesmo. Sobram informações, muitas delas 'técnicas', e há escassez do saberes inerentes ao viver humano, como saber ouvir, saber falar (respeitando o outro em todas as suas dimensões), saber abraçar, saber cuidar, saber perdoar, saber agradecer, saber cultivar, de plantas, animais a seres humanos! Cultivar amigos, que maravilhoso projeto de vida!

Nós vamos trazer semanalmente a partir da nossa página algumas dicas de como reconquistar essa dinâmica interna que deveria ser muito natural para nós, e está conectada ao 'Ser' (e não ao 'ter'). No livro 'Pais e filhos, companheiros de viagem', do médico psiquiatra e terapeuta Roberto Shinyashiki, ele descreve um total de 25 atitudes que fazem pais e mães melhores. Que tal refletir um pouco sobre cada uma delas?

Esta é uma época importante para planejar, aproveite para mudar, se preciso for, a rota da sua vida familiar... Hoje ficamos com 2 itens importantes...

1 - Reaprender a viver todos os dias: emocione-se com as pequenas coisas, um sorriso, uma pequena descoberta, uma nova palavra, o choro de manha, contagie-se com a ternura, a alegria, a sinceridade e a simplicidade do seu filho e também da sua criança interior! Permita-se!

2 - Coloque o mais importante como prioridade: 

"Era uma vez uma moça muito pobre que carregava seu filho nos braços e caminhava por uma montanha. Passou em frente de uma caverna e ouviu a voz: 'Entre nessa caverna e você encontrará um tesouro. Pegue tudo o que quiser. Mas dentro de 30 minutos a porta da caverna se fechará para sempre. Portanto, não se esqueça do principal! 

A moça entrou e ficou muito feliz ao ver que era verdade. Havia um maravilhoso tesouro, muitas joias e pedras preciosas. Ela colocou a criança no chão, levantou o avental e começou a pegar tudo o que conseguia. O tempo foi passando e, de repente, a mesma voz lhe disse que só faltavam 4 minutos, para ela não se esquecer do principal. 

O tempo era muito pouco para pegar tantas coisas! A moça, querendo levar o máximo que pudesse, corria de lá para cá até que a porta da caverna começou a se fechar. Ela correu para sair antes que fosse tarde e assim que passou a porta se fechou. Nesse momento, porém, ela se deu conta de que esquecera a criança dentro da caverna.

Em pouco tempo o tesouro foi consumido, mas o desespero de ter perdido o filho a acompanhou pelo resto da vida."

Não consigo imaginar um tesouro maior que esse filho. Hoje em dia, muitas pessoas dizem que os filhos são importantes, que os amam muito e se sacrificam para proporcionar a eles o que há de melhor em educação, uma vida confortável e segurança econômica no futuro. O que tenho visto, no entanto, são pessoas que chegam em casa irritadas depois do trabalho, com pouquíssima disponibilidade para passar bons momentos com a família. São pessoas que dão conforto, bens materiais e uma série de coisas boas a seus filhos, mas são presentes embrulhados em angústia. E ainda provocam nos filhos a culpa de ver os pais trabalharem tanto para lhes dar tudo.

O que você realmente está fazendo para colocar seus filhos como prioridade em sua vida? 


Os trechos descritos estão ao longo das páginas 51 e 52 do livro de Roberto Shinyashiki (Editora Gente)



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