quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Faça o que eu digo e o que eu faço, filhos!



Você sabia que a 'coerência' é um dos quesitos mais importantes no processo de educação das crianças e dos jovens? Dando continuidade às postagens dos 25 itens fundamentais para nos tornarmos pais e mães melhores, o médico psiquiatra e terapeuta, Roberto Shinyashiki, propõe uma mudança da crença popular que valida a postura de dizer uma coisa às pessoas e fazer outra. "Ser coerentes com seus princípios é tarefa para pessoas mais que especiais. Para que os filhos tenham uma boa referência de conduta, é importante que seu pai e sua mãe sejam coerentes". Portanto, falar e fazer discurso a respeito de ética, cidadania, respeito e justiça não combinam com parar em fila dupla na frente da escola! Tampouco avançar sinal vermelho, não respeitar faixa de pedestre, nem os limites de velocidades estabelecidos pela legislação de trânsito ou falar ao celular enquanto dirige. E esses são alguns exemplos apenas de situações 'contraditórias' presentes no cotidiano da maioria das famílias brasileiras.

As regras devem ser escolhidas e mantidas por papais e
mamães, com coerência e amor
Também é importante no processo educativo que os pais não mudem as regras de funcionamento da família a todo momento para que suas diferentes opiniões não gerem confusão. Ou seja, pai e mãe devem concordar sobre as decisões e não demonstrar divergências na frente das crianças, combinado? "Se os pais concordam que é bom para o filho ter um horário para dormir, é importante que ele seja mantido por mais que a criança pressione". Mas não é preciso rigidez. Pode ser que, por causa de um acontecimento inesperado, a criança vá dormir alguns minutos mais tarde e  tenha maior liberdade no fim de semana.


Quando a criança tem dificuldades na escola, como problemas de aprendizado ou de disciplina, ou ainda realização das tarefas, é interessante os pais estabelecerem um horário para ela estudar. Depois de definida a regra, é necessário que pai, mãe e filho se comprometam a respeitá-la. Para a criança, é importante ter esse referencial de que os pais valorizam suas atividades e mostram que estão ao seu lado acompanhando esse processo.

O casal se separou? Então deve dialogar e definir longe dos
filhos quais são as prioridades. Nada gerar confusão
na cabecinha deles!
A integração do casal ou dos pais (mesmo divorciados) deve ser ampla no sentido de estabelecer limites para a criança e evitar nela o sentimento de que seu pai e sua mãe não têm parâmetros consistentes. Os dois, unidos em seus valores, vão evitar um estado de dúvida ou confusão nos filhos. Não tem mais sentido usar o outro para justificar posições, como naquelas frases: 'Você sabe como é seu pai!' ou 'Por mim eu deixaria, mas você conhece a sua mãe!'.

Quando seu filho tem um sistema de valores e regras que oriente sua vida, ele passa a ter uma base para experimentar e também para aprender que na vida existem regras que devem ser respeitadas. E é claro que as regras apresentadas aos filhos precisam valer também para os pais, pois quando isso não acontece os filhos veem essas normas como mero instrumento de força e não como um sistema coerente de preservação da unidade familiar. "É preciso o casal dialogar bastante para chegar a um acordo do quanto à melhor forma de lidar com os filhos. É fundamental que eles concordem sobre quais as prioridades de cada regra estabelecida".

O psiquiatra nos ensina que é preciso estabelecer prioridades, talvez três ou quatro muito reais, centrar-se nelas, e feito isso, dar espaço aos filhos para aprender a cuidar da própria vida. Em gestão de empresas dizemos que quando tudo é importante fica complicado para a equipe estabelecer prioridades. Esqueça a ideia de que tudo é importante. Não existe isso.

Gostou da nossa dica de hoje? Semana que vem tem mais!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário